quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A história do rádio


O começo de tudo foi  com Michael Faraday, que descobriu em 1831 a indução magnética, assim como a grande contribuição dada por James C. Maxwell que descobriu matematicamente a existência das ondas eletromagnéticas diferente somente em tamanho, das ondas de luz, mas com a mesma velocidade. Grande contribuição também foi dada pelo professor alemão Henrich Rudolph Hertz que comprovou na prática em 1890 a existência das ondas eletromagnéticas, chamadas hoje de “Ondas de Rádio”.  Em sua homenagem, as ondas de rádio passam a ser chamadas de “Ondas Hertzianas”, usando-se também o “Hertz” como unidade de freqüência.
Mais tarde em 1893 o padre, cientista e engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas, sem fio. Todavia, o primeiro mundo reconhece o cientista Guglielmo Marconi como o “descobridor do rádio”. O italiano Marconi, realizou em 1895 testes de transmissão de sinais sem fio pela distância de 400 metros e depois pela distância de 2 quilômetros. Ele também descobriu o princípio do funcionamento da antena. Em 1896 Marconi adquiriu a patente da invenção do rádio.
O jornalismo esteve presente no rádio desde as primeiras experiências de exploração da radiodifusão.  Na inauguração oficial da radiodifusão brasileira, a sete de setembro de 1922, como parte das comemorações do centenário da Independência, o jornalismo cumpriu seu papel. O discurso de abertura da exposição Internacional do Rio de Janeiro, feito pelo presidente da República Epitácio Pessoa, foi transmitido pelos 80 receptores especialmente importados para a ocasião (a Westinghouse havia instalado uma emissora, cujo transmissor, de 500 watts, estava localizado no Alto do Corcovado).
Ainda que em condições muito precárias, o Governo montou, na Praia Vermelha, uma pequena estação que transmitia programas literários, musicais e informativos. Essas transmissões de fraca intensidade conquistaram um ouvinte fiel e ilustre. Um antropólogo brasileiro, Edgard Roquette-Pinto, foi um dos primeiros ouvintes assíduos de rádio, no Brasil. Edgard Roquette-Pinto já experimentava o jornalismo radiofônico mesmo antes de inaugurar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a 20 de abril de 1923, data que marca a instalação efetiva e definitiva da radiodifusão no Brasil (as transmissões regulares começaram a 1o de maio).
        A partir dessa data, o rádio participou de todos os movimentos da vida brasileira. Ajudou a derrubar a República Velha, participou da Revolução de 32, fez extensos noticiosos sobre a Segunda Guerra Mundial. Desempenhou importante papel no Golpe Militar de 64, participou ativamente da redemocratização durante a Nova República e, pouco depois, fez ecoar país afora o processo de impeachment de um presidente da República.
A Roquette-Pinto se deve a criação e apresentação do primeiro jornal de rádio brasileiro, já no início das atividades da Rádio Sociedade O Jornal da Manhã, Além do Jornal da Manhã, havia outros programas jornalísticos no rádio brasileiro dos primeiros tempos que mereciam, literalmente, o título de jornais falados: ler no rádio as notícias dos jornais impressos. Sem qualquer tipo de elaboração, as notícias eram lidas diretamente do jornal.
A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, lenda do rádio brasileiro, foi inaugurada a 12 de setembro de 1936. Pioneira no Brasil na exploração radiofônica organizada empresarialmente, a Nacional, entre muitos outros programas de destaque, passaria a transmitir o maior mito do radiojornalismo brasileiro: o Repórter Esso.
Caminhando a passos lentos, o radiojornalismo foi se desenvolvendo no Brasil. Se já estava presente desde as primeiras transmissões, só começa a funcionar, de fato, ganhando espaços e importância, com o advento da Segunda Guerra Mundial. O rádio foi uma arma estratégica da Segunda Guerra. As orientações ideológicas e as notícias do front precisavam ser divulgadas com a maior rapidez possível. Os jornais impressos, não dispunham da agilidade e alcance que começaram a ser requeridos pela nova realidade e o rádio passou a ser encarado como um meio essencialmente informativo.
O aperfeiçoamento dos equipamentos e o desenvolvimento de sistemas de transmissão de maior alcance são consequências que ressaltam o aspecto jornalístico do rádio. Nesse contexto surgem no Brasil os primeiros programas que, em sua evolução, serão os pilares de sustentação que darão origem ao radiojornalismo praticado até nossos dias: o Repórter Esso e o Grande Jornal Falado Tupi.
O Repórter Esso trouxe um novo estilo para a informação. A voz grave e modulada de Heron Domingues, locutor exclusivo do Esso durante dezoito anos, tornou-se popular em todo o Brasil. Aos poucos, várias emissoras brasileiras também passaram a produzir e transmitir o Repórter Esso, que foi extinto no dia 31 de dezembro de 1968. Durante os 27 anos em que esteve no ar, o Repórter Esso deu em primeira mão as principais notícias do Brasil e do mundo sempre fazendo jus a seus slogans: “Testemunha ocular da história” e “O primeiro a dar as últimas”.
No dia 3 de abril de 1942, a Rádio Tupi de São Paulo começa sua tradição jornalística, colocando no ar, às 22h, a primeira edição de outro mito: o Grande Jornal Falado Tupi. Criado por Coripheu de Azevedo Marques e Armando Bertoni, com uma hora de duração diária, pode ser considerado o primeiro “jornal de integração nacional”, sendo ouvido em todo o “interiorzão” do país. O Repórter Esso e o Grande Jornal Falado Tupi foram os primeiros, no Brasil, a mostrar preocupação quanto a uma linguagem específica para o rádio, procurando elaborar a notícia de forma a atender as características do meio radiofônico e não do jornalismo impresso. Daí por diante muitas rádios surgiram com novos jornais e o radiojornalismo foi se aperfeiçoando cada vez mais.
Com o desenvolvimento tecnológico a forte concorrência da televisão e da internet, anos mais tarde, começa a ser sentida pelo rádio, inciando um longo processo de busca por caminhos que lhe permitam sobreviver. Gêneros e formatos diferenciados foram sendo experimentados. O rádio foi mudando seu perfil para enfrentar os novos tempos e o jornalismo não poderia ficar de fora.
Mas a tecnologia tem permitido que o rádio, e especialmente, o jornalismo possam desempenhar suas funções de forma cada vem ai aprimorada. Exemplos disso é a transmissão das rádios pela telefonia celular e internet. As possibilidades tecnológicas do momento permitem vislumbrar um rádio moderno, ágil, simultâneo aos acontecimentos, próximo do ouvinte. E um jornalismo que acompanhe essas possibilidades, contanto que reaprenda a dominar a linguagem radiofônica que vai muito além do blablablá improvisado. É uma mistura bem dosada, equilibrada para cada situação, entre fala, música, efeitos sonoros e… silêncio.

A liberdade de pensamento à luz da lei



A liberdade de pensamento é essencial à mente humana. Ainda são inexistentes os meios de se impor normas ao pensamento humano. Entretanto, a manifestação dos pensamentos sempre foi condicionada e, não raras vezes, punida. A Constituição de 1988, apelidada de “Constituição Cidadã”, assegura a liberdade de pensamento, a sua manifestação e proíbe o anonimato.  
É triste a memória recente do Brasil e de outros países que viveram os horrores da ditadura no tocante à censura e às proibições à liberdade de manifestação de pensamento. As previsões da Carta de 1988 visam a eliminar tais realidades do cenário da sociedade brasileira.
Situada no art. 5º da Constituição Federal de 1988, direito fundamental de todos, a liberdade de pensamento é garantida. Afinal, não se deve controlar a mente humana. Apesar disto, são muito comuns meios de se não controlar, pelo menos, dirigir o pensamento das massas para os objetivos visados pelas elites dominantes em todas as áreas e as ideologias.
O jornalista precisa ter coragem, ousadia, ética e verdade para não corromper a vida das pessoas a quem noticia, e assim ser respeitado pelo leitor. O jornalista que procurar manipular as informações não respeitando os interesses pessoais do noticiado será punido por mão aceitar as leis que regem o Código de Ética e a Constituição Federal.
Na sociedade moderna, cabe ao jornalismo a missão nobre, gratificante, mas às vezes ingrata, de informar, entreter e oferecer opiniões sobre os mais diversos assuntos de interesse do leitor. Ao informar um fato, o jornalista procura ser os olhos de seu “cliente”, tentando ser o mais fiel possível em seu relato, utilizando para isto todos os recursos disponíveis postos a seu serviço. Diante de imagens pouco há a se fazer a não ser reforçar a notícia como uma fiel descrição do setor que pode usar a criatividade na maneira com que relata o óbvio.
 O jornalista tem que se valer de dados disponíveis, muitas vezes incompletos e insuficientes, para preparar com estes ingredientes pratos prontos para serem oferecidos a ávido e esfomeados leitores, no self-service das notícias. Isso requer cuidado e respeito, pois não se deve ferir a imagem das pessoas, só para ter uma boa reportagem. Na realização de su trabalho, o jornalista busca, defender suas teses, e todas as referências e sinais que circulam pelo tempo/espaço, de maneira que sua opinião não possa refletir na sua verdade pessoal, mas ele tem que ser honesto e sincero. É por isto que o jornalista tem que procurar ser o mais independente possível ao desenvolver o seu trabalho, e utilizar para isso antes de tudo, a ética.